Informação de ponta

Você certamente já passou por esta situação em seu consultório. Na cadeira está um paciente ansioso, apreensivo e, em casos mais extremos, tão nervoso que torna impossível realizar o tratamento odontológico. O popularmente chamado de “medo de dentista” acomete entre 15% e 20% da população. Já a versão mais grave, caracterizada por temor desproporcional e conhecida como fobia odontológica ou odontofobia, é vivida por 3% a 5%.

O que fazer em ambos os casos? Na reportagem de capa desta edição da Conexão UNNA, debruçamo-nos sobre esse tema e apresentamos as conclusões dos estudos mais recentes sobre ele, as maneiras de lidar com pacientes com esse tipo de fobia, os tratamentos disponíveis e as formas de identificar os diferentes graus de ansiedade odontológica. “Na fobia, o paciente costuma ter reações descontroladas ao iniciar o tratamento, que podem se manifestar, por exemplo, em uma crise de choro, na incapacidade de abrir a boca para que o profissional possa examiná-la ou simplesmente no impulso de se levantar da cadeira e fugir”, diz o cirurgião bucomaxilofacial Renato Aló da Fontoura, um dos especialistas consultados para a reportagem.

Outros temas muito presentes em nosso dia a dia nos consultórios são abordados nas demais seções da revista. A OBE (Odontologia Baseada em Evidências) traz um extenso e interessante conteúdo sobre o bruxismo, com as principais frentes de pesquisa sobre a doença. Você sabia, por exemplo, que, como o bruxismo do sono e o em vigília apresentam comportamentos muito distintos, há um consenso que recomenda “aposentar” a definição única para o problema?

No Artigo Técnico, o professor Dr. Ivo Contin, do Departamento de Prótese Dentária da FOUSP, escreve sobre as origens do trismo, uma informação essencial ao cirurgião-dentista para que consiga agir corretamente. “O trismo tem uma série de causas potenciais, e seu tratamento dependerá exatamente da causa”, reforça Contin. Já na seção Pesquisa e Tendências trazemos uma reportagem especial com diferentes estudos que apontam a relação entre a periodontite e doenças sistêmicas crônicas, como a diabetes, o Alzheimer e, inclusive, alguns tipos de câncer.

Essas frentes de pesquisas nos mostram a importância de analisar a Odontologia por um espectro mais amplo na saúde dos indivíduos e põem à prova alguns conceitos há tempos cristalizados, mas que precisam de um novo olhar para construirmos a chamada Odontologia do futuro. Neste contexto, é de extrema relevância o tema da entrevista do Dedo de Prosa desta edição. Conversamos com o professor Dr. José Carlos Imparato sobre a Odontologia de Mínima Intervenção, uma tendência focada em fundamentos básicos como prevenção e preservação.

Completa esta edição um guia prático que reúne todos os produtos e serviços oferecidos pela Odontoprev a seus credenciados e que facilitam, e muito, o trabalho do cirurgião-dentista.

Boa leitura!

Dr. José Maria Benozatti

Diretor Clínico-Operacional do Grupo Odontoprev

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