Na mesma página

O Meeting de COMsenso Odontoprev visa promover alinhamento técnico e científico sobre critérios adotados na análise dos tratamentos, além de reforçar a conexão com credenciados

Poderia ser apenas um processo burocrático, com regras, análises e respostas. Mas, para a Odontoprev, construir e manter uma relação de confiança com todos os profissionais que fazem parte da rede credenciada é prioridade. Por isso, para este ano, a empresa programou uma iniciativa diferente: o Meeting de COMsenso Odontoprev. Cada edição reúne alguns especialistas de uma área da Odontologia para uma conversa aprofundada sobre os critérios técnicos adotados pela auditoria na aprovação dos tratamentos.

O primeiro encontro, com foco em Endodontia, aconteceu em março e foi um momento importante de troca de conhecimento e conexão, um movimento significante para estreitar ainda mais a relação da empresa com os quase 25 mil profissionais que integram a rede. “Convidamos cinco especialistas e apresentamos alguns casos, expondo e debatendo os critérios utilizados pela gestão de qualidade, com toda a transparência e uma escuta atenta e ativa”, explica o cirurgião-dentista e professor Emerson Nakao, um dos idealizadores do programa, em parceria com a equipe de Operações de Rede e Gestão da Qualidade, e consultor científico da Odontoprev. “O objetivo era chegar a um consenso com os especialistas. As reuniões de consenso são importantes ferramentas para trabalhar as Diretrizes Clínicas, objetivando sempre a proteção do paciente e do profissional, observando a segurança do paciente e direcionando a rede para um atendimento baseado em evidências científicas”, acrescenta.

E foi exatamente o que aconteceu. O Meeting com o grupo de foco em Endodontia foi realizado na matriz da Odontoprev. Além do professor Nakao, participaram dele os doutores André Camargo e Thiago Girotto, da área de Gestão de Rede, e os especialistas em Endodontia da Rede, doutores Bianca Pietrosante, Gabriela Del Monaco, Marco Bolzan, Rodrigo Del Monaco e Thaís Buquera.

Inicialmente, o Dr. Nakao fez uma apresentação sobre como são as análises internas da auditoria, com relação aos tratamentos de Endodontia. Os auditores, que são também especialistas, recebem os documentos dos prestadores da Rede, como, por exemplo, GTO e imagens clínicas, e analisam tecnicamente a qualidade do tratamento realizado. “Nosso intuito foi demonstrar os critérios utilizados, buscar opiniões e aprimorar rotas, se necessário. O consenso é o resultado de alinhamentos científicos”, explica ele.

Junto aos cirurgiões-dentistas participantes, o Dr. Nakao detalhou os critérios, explicou as dificuldades e ouviu deles sugestões e dúvidas.

“Em algumas das situações analisadas, os profissionais participantes tiveram divergências – o que também acontece com os auditores durante os processos”, explica Nakao. Por isso, a Auditoria também passa por treinamentos e calibrações frequentes, em todas as especialidades.

QUANTO MAIS CLARA A COMUNICAÇÃO, MELHOR

Um dos pontos reforçados pelo professor Nakao foi a importância do registro clínico de intercorrências no prontuário do paciente. É importante incluir os detalhes sobre o transoperatório e o resultado alcançado. Nem sempre é possível chegar à diretriz clássica nos casos e os registros são a única forma de a auditoria tomar conhecimento das dificuldades durante o tratamento e consequente aprovação do caso.

Os participantes também conversaram sobre a importância da qualidade das imagens radiográficas, no caso da Endodontia. “Às vezes, chegam radiografias mal cortadas, mal reveladas, com manchas, entre outros problemas. Também chegam fotos de radiografias, que não têm a qualidade da imagem original. São condições que impedem a leitura precisa do exame. Isso também ficou claro para os participantes do encontro”, observa Nakao. Além de permitir a análise segura e transparente para a autorização do tratamento, a documentação é base para um tratamento seguro para o paciente e um registro legal do prontuário, de acordo com a regulamentação do Conselho e Civil.

Os especialistas em Endodontia que participaram do evento, por sua vez, puderam compreender melhor os processos da operadora e o outro lado da atuação, que são as auditorias. “Acredito que iniciativas como o COMsenso são fundamentais para calibrar práticas clínicas baseadas em literatura científica, sempre alinhadas à realidade do dia a dia no mocho”, disse a cirurgiã-dentista Gabriela Del Monaco. “Essa proposta demonstra que a operadora está genuinamente preocupada com a qualidade da assistência e a segurança dos pacientes, promovendo um cuidado mais eficaz e embasado”, completa.

Rodrigo Del Monaco, que também participou da reunião, concorda. Ele afirmou ter se surpreendido com a quantidade de informações processadas para auditar um trabalho. “Não imaginava que era tão complexo o processo de auditoria. Pudemos expor nossas ideias, forma de trabalho, nossas condutas, e aprendemos muito sobre a maneira como é feita a auditoria”, observou.

Para a cirurgiã-dentista Thaís Buquera esse tipo de encontro é um divisor de águas. “Essa reunião nos deu uma luz na questão do direcionamento dos tratamentos. Facilita o contato com o paciente e com o convênio, eliminando barreiras e percalços ao longo do tratamento, que acaba fluindo melhor”, opina.

O cirurgião-dentista Marco Bolzan destacou a receptividade da coordenação. “Foi importante trazer os colegas credenciados para discutir abertamente o processamento interno da auditoria e as dificuldades inerentes a essa responsabilidade ética”, avaliou. Estar lado a lado com colegas e compartilhar os desafios de cada um deles foi interessante para a cirurgiã-dentista Bianca Pietrosante, que também participou do evento. “Ver que algumas dificuldades que tenho com indicadores também são enfrentadas por outros colegas de trabalho foi muito válido”, destaca.

Ao final do encontro, os profissionais estavam próximos e alinhados. O objetivo principal, que era aprimorar os critérios clínicos da auditoria, comunicando e orientando adequadamente a rede credenciada, visando sempre oferecer o melhor atendimento ao beneficiário, foi alcançado.

SÓ O COMEÇO

O 1º Meeting de COMsenso Odontoprev, com foco em Endodontia, foi apenas o início. A rede promoveu uma segunda edição, no último dia 27 de maio , com o tema Prótese Dentária. Mais uma vez, cinco especialistas indicados se reuniram com representantes da gestão de rede e auditoria para uma troca de experiências e a promoção de um trabalho em concordância.

A Odontoprev prevê que sejam realizadas, em 2025, ao todo, cinco edições. Os próximos encontros, sobre Periodontia, Cirurgia e Dentística, deverão acontecer até o fim do ano. “Esses momentos são fundamentais para evoluirmos juntos, garantindo mais qualidade e confiança em cada etapa do cuidado com a saúde bucal. Seguimos próximos da nossa rede e em constante evolução”, diz Nakao. Que venham os próximos!

REFERÊNCIAS:

  1. Mendes FM, Knorst JK, Quezada-Conde MDC, Lopez EF, Alvarez-Velasco PL, Medina MV, et al. Association of children’s oral health and school environment on academic performance in 12-year-old schoolchildren of Quito, Ecuador. Community Dent Oral Epidemiol. 2024;52(2):196-206. Epub 2023 Oct 1. PMID: 37779338.
  2. Karki S, Päkkilä J, Laitala ML, Humagain M, Anttonen V. Influence of dental caries on oral health-related quality of life, school absenteeism and school performance among Nepalese schoolchildren. Community Dent Oral Epidemiol. 2019 Dec;47(6):461-469. PMID: 31292990.
  3. Kassebaum NJ, Bernabé E, Dahiya M, Bhandari B, Murray CJ, Marcenes W. Global burden of untreated caries: a systematic review and metaregression. J Dent Res. 2015;94(5):650–8. PMID: 25740856.
  4. Wen PYF, Chen MX, Zhong YJ, Dong QQ, Wong HM. Global Burden and Inequality of Dental Caries, 1990 to 2019. J Dent Res. 2022;101(4):392-9.
  5. Watt RG, Daly B, Allison P, Macpherson LMD, Venturelli R, Listl S, et al. Ending the neglect of global oral health: time for radical action. Lancet. 2019 Jul 20;394(10194):261-72. doi: 10.1016/S0140-6736(19)31133-X.
  6. Ruff RR, Senthi S, Susser SR, Tsutsui A. Oral health, academic performance, and school absenteeism in children and adolescents: A systematic review and meta-analysis. J Am Dent Assoc. 2019;150(2):111-21.e4.
  7. Almeida RF, Leal SC, Mendonça JGA, Hilgert LA, Ribeiro APD. Oral health and school performance in a group of schoolchildren from the Federal District, Brazil. J Public Health Dent. 2018;78(4):306-12. PMID: 29752807.
  8. El-Sayed MH, Osman KH, Nour ALBIE. Prevalence of dental caries and its impact on the academic performance of Sudanese Basic school children, AL-Sahafa Residential Area (2013-2014). J Am Sc. 2015;11(4):195-203.
Scroll to Top