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O QUE É UMA
RESTAURAÇÃO ADAPTADA?

Entenda por que, na prática, sempre haverá uma “falha de adaptação” e quais as razões para dizermos que, na verdade, ela é necessária

Emerson Nakao
Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani

A restauração de um dente, seja de forma direta, seja de forma indireta, requer atingir certos objetivos para que seja considerada adequada. Não basta a determinação da necessidade de uma intervenção restauradora, ou o restabelecimento de estética, forma e função do dente original com o material adequado. Todo profissional da Odontologia entende que a adaptação dessa restauração deve ser a melhor possível, ou seja, que haja uma continuidade física entre as superfícies do material restaurador e do dente, um encaixe íntimo entre elas. A literatura considera que a adaptação marginal é crucial para o sucesso clínico das restaurações dentárias,1,2,3 condição essa que é construída por meio do planejamento e da execução técnica correta, que visa superar os obstáculos inerentes a cada etapa desse processo.

Quando se fala em minimizar efeitos que possam causar falhas na adaptação, uma pergunta vem à tona: em Odontologia, no dia a dia da prática clínica, existe adaptação perfeita? Entende-se “adaptação perfeita” como aquela em que não há nenhum espaço entre as superfícies contactantes, o que seria idealmente uma restauração (direta ou indireta) bem adaptada. Considerando que uma restauração direta ou indireta é fixada ao substrato dentário por um cimento ou um adesivo, então, no caso de uma adaptação perfeita, não haveria espaço para esse agente de união, o que quer dizer que, na prática, sempre haverá essa “falha de adaptação”. Na verdade, ela é necessária. Prova de que não há, clinicamente, uma situação que represente a vedação absoluta de uma restauração, direta ou indireta, são os inúmeros estudos na literatura sobre microinfiltração, motivados pela preocupação de que haja um comprometimento a longo prazo. E isso nos leva a uma nova pergunta: qual é a adaptação (ou desadaptação) mínima aceitável para uma restauração?

Todo profissional já se deparou com casos em que a restauração indireta (uma coroa total, uma onlay) ou direta (resina composta) se desprendeu do dente, lesões de cárie secundária são detectadas nas margens dessa restauração, acúmulo de placa bacteriana ou mesmo cálculo são verificados associados a ela. A ocorrência de cárie secundária é uma complicação comum em pacientes com higiene oral deficiente.4 Em implantes, a desadaptação dos componentes protéticos não leva a uma lesão de cárie, mas pode causar fratura por fadiga dessas peças.5 Então, deve existir um limite entre o aceitável e o inaceitável – e para cada situação. Porém, quando esse limite não fica bem definido, a aplicação de critérios é fundamental para uma tomada de decisão acertada.

Quanto maior a falha de adaptação, maior a quantidade de agente de união exposta ao meio bucal, que sofrerá degradação, seja por hidrólise, pH, variação de temperatura ou atrito mecânico.3 Em contato prolongado com o meio bucal, o agente de união perderá gradativamente sua função de vedar e fixar a restauração, levando a uma infiltração (percolação) e, por fim, ao comprometimento da restauração. Ela poderá se desprender ou acumular placa bacteriana, originando uma lesão de cárie secundária. Entretanto, isso não deve ser entendido fora de um contexto, de forma isolada. Existem outros fatores que agem em conjunto. Um estudo de 19776 acompanhou pacientes portadores de restaurações indiretas com a linha de término localizada abaixo, acima e no nível da margem gengival. Verificou-se que, mesmo as próteses localizadas abaixo da margem gengival, com bom controle de higiene bucal, podem permanecer em atividade e sem comprometer o tecido periodontal ou dentário por mais de 5 anos. São evidências antigas, mas servem para demonstrar que já havia bons resultados com próteses fundidas em metal e cimentadas com fosfato de zinco e, certamente, não escaneadas.

Assim, torna-se possível depreender alguns dos critérios ou fatores que podem influenciar no grau de adaptação de uma restauração, com base em evidências como essa, e perceber que, embora sejam citados separadamente, normalmente se apresentam de forma conjunta. Somente para citar exemplos:

LOCALIZAÇÃO DO DENTE EM QUESTÃO:7

Refere-se não só a que grupo dentário o elemento pertence (se dente anterior ou posterior), mas se ele se encontra bem-posicionado ou não no arco. Quanto mais estiver localizado em regiões posteriores, mais difícil seu acesso e sua visibilização, o que torna a realização do procedimento mais complexa, particularmente quando se trata da face distal de dentes posteriores. Verificação da regularidade das margens do preparo, controle de umidade, inserção e polimerização do material restaurador direto e acabamento são exemplos de etapas críticas. Estar malposicionado no arco também pode fazer com que um dente tenha uma restauração mais complexa, mesmo se estiver localizado anteriormente, como em casos de giroversão.

EXTENSÃO DA RESTAURAÇÃO:

A extensão de caixas proximais no sentido gengival torna o preparo cavitário e a inserção adequada do material restaurador mais difíceis, especialmente nas faces distais de dentes posteriores, como citado anteriormente.

No caso de restaurações indiretas, o preparo mal realizado (aquele que não define a linha de término) gera um modelo de trabalho (gesso) duvidoso, o que, por sua vez, confunde o técnico em prótese dentária no momento de confeccionar a restauração, por não conseguir delimitar onde essa prótese vai acabar. O ajuste é outra etapa determinante para alcançar uma adaptação considerada adequada, e é definido por muitos fatores, como o processo de fabricação,8 o número de unidades na subestrutura,9 a localização e a preparação do dente,10 a rigidez do material da restauração,11 e o tipo e a espessura do agente cimentante.12 Tanto o tamanho da lacuna na borda quanto a quantidade de resina usada devem ser mantidos no mínimo para fornecer um ajuste melhor e aumentar a longevidade do cimento.13  

É importante salientar nesse momento que, quando ocorre uma falha de adaptação, que é técnica, em um paciente em que o comportamento de risco não foi previamente corrigido, como não higienizar adequadamente seus dentes, espera-se impacto negativo na longevidade dessa restauração pelo risco aumentado a lesões de cárie secundária. A linha de cimentação exposta sofre deterioração ao longo do tempo, e essas imperfeições ao longo da borda da restauração facilitam a aderência das bactérias orais e de fragmentos alimentares, facilitando a formação e a retenção do biofilme. Isso altera a maneira como o microbioma subgengival é distribuído, o que, por sua vez, leva ao início da doença periodontal14 e a lesões de cárie secundária.15  

Então, longevidade e adaptação são conceitos que andam juntos, mas não podem ser considerados iguais. A adaptação influi na longevidade – e não o contrário. O acúmulo de placa bacteriana decorrente de hábitos inadequados de higienização bucal não impede, tecnicamente falando, o procedimento restaurador. Ou seja, não é impeditivo para se conseguir uma boa adaptação. Todavia, esse acúmulo de placa vai exercer um papel importante no que diz respeito à longevidade desse procedimento. O contato prolongado com os produtos do metabolismo bacteriano resultará em deterioração precoce do dente e da restauração, comprometendo a vedação na interface. Nessa situação, a integridade das margens de uma restauração que se encontrava supostamente satisfatória no início se deteriorará no decorrer do tempo, resultando em uma falha de adaptação que não existia até então.

O que gera a necessidade de uma intervenção restauradora é a instalação da doença cárie, que começou pelo acúmulo de placa prolongado por falta de uma higiene bucal adequada. Ou seja, não faz sentido seguir com um tratamento restaurador de dentes antes que a causa do problema seja eliminada. É importante entender que a lesão de cárie é uma consequência nessa cadeia de eventos.

Manter a menor distância possível entre a margem da restauração e o dente ao longo de toda a sua extensão é muito importante porque o potencial de microinfiltração aumenta à medida que o tamanho da lacuna aumenta.16 Agora, falando em números, desadaptações entre 100 e 120 μm são consideradas clinicamente aceitáveis17 em termos de minimizar os problemas que podem resultar em perda de cimento por dissolução em meio bucal.18 Em restaurações geradas por design auxiliado por computador/fabricação auxiliada por computador (CAD/CAM), 90 μm ou menos é o tamanho aceitável para fendas.19,20,21,22  

A espessura da camada de cimento dental ao longo das paredes axiais da preparação repercute no assentamento da restauração. Entre os fatores que influenciam a espessura do filme estão a preparação; como a margem é projetada e configurada; quão áspera a superfície é; quanta pressão é aplicada durante a cimentação e por quanto tempo; a razão em pó/líquido do cimento; o tipo de cimento; os espaçadores; e o método usado para cimentação.23  

A literatura disponibiliza muitos estudos ex vivo (in vitro) que mensuram adaptação marginal de restaurações com tomografia, microscopia eletrônica e outros métodos que não são aplicáveis em consultório. E qual seria a melhor forma clínica de medir essa adaptação? A especificação número 8 para cimento de fosfato de zinco do Guia de Materiais e Aparatos Dentários da American Dental Association (ADA), revisado em 1977, sugere que um gap marginal (espessura máxima da película cimentante) entre 25 e 40 µm deveria ser o objetivo a ser alcançado clinicamente,24 o que parece ser raro de acontecer na prática.25 Um estudo de 197126 examinou mais de 1.000 coroas após um período de 5 anos, concluindo que desadaptações ≤120 µm são clinicamente aceitáveis. Radiografia e uso de um explorador são as mais citadas na literatura e devem ser utilizadas, com o propósito de reduzir as chances de uma infiltração.

Um olho humano normal consegue enxergar objetos com dimensões em torno de 100 µm, o equivalente à espessura de um fio de cabelo, e dentro da margem do que se pode considerar como clinicamente aceitável para uma falha de adaptação marginal de uma restauração. No entanto, nem toda margem se localiza em locais visíveis, como no caso já citado de localização na face distal de dentes posteriores. Assim, parece lógico pensar na utilização de um explorador com uma ponta de 120 µm para sondar as margens de uma restauração. Um estudo de 2006,27 entretanto, demonstra que o diâmetro da ponta desse instrumento não faz diferença para a identificação de um gap (fenda) vertical. Assim, mesmo com o suporte da literatura, percebe-se o grau de subjetividade desse exame, por ser “operador-dependente”. Embora dependa do auxílio de um instrumento adequado e do seu uso correto, a sensibilidade do operador, ou seja, a sua expertise clínica, é um fator relevante nesse exame. Entretanto, não se pode anular sua importância na prática diária. Sabe-se de sua eficácia pelos relatos de sucesso de trabalhos clínicos de natureza restauradora.

Pelo exposto até o momento, podemos concluir que uma “pequena” falha de adaptação é necessária para acomodar o agente de união entre uma restauração e o substrato dentário. Ao mesmo tempo, ela não pode exceder certos limites dimensionais a ponto de comprometer o agente de união por exposição demasiada ao meio bucal. E fatores como localização da linha de término em relação à margem gengival e posicionamento do dente no arco influenciam no resultado. Já o grau de higiene bucal influencia na longevidade da restauração. Uma radiografia interproximal pode auxiliar na visibilização de uma falha de adaptação, assim como um explorador adequado pode fazer a varredura de margens.

Quando diagnosticada uma falha de adaptação em uma restauração, como se deve proceder? O que se deve levar em consideração para tomar a decisão de substituir, reparar ou mesmo preservar? Em primeiro lugar, devem-se avaliar condições de higiene bucal, ligada diretamente à causa do problema e à longevidade da restauração. Não faz sentido atuar na consequência do problema sem dar atenção à causa. Em caso de má higienização, orientação e sessões de escovação assistida devem ser implementadas, ou seja, é preciso eliminar a causa de futuros problemas. Determinar se há condições de se manter o local higienizado também é importante, pois desnível entre as margens da restauração e do dente pode funcionar como nicho de retenção de placa bacteriana, dificultando a manutenção da higiene local. É necessário considerar a possibilidade de correção desse desnível (remoção de excessos ou reparos diretos). Na presença de lesão de cárie secundária, avalia-se a extensão para considerar um reparo ou substituição da restauração. A doença cárie deve ser encarada, segundo os conceitos mais atuais, como uma doença comportamental em que, havendo restabelecimento do equilíbrio no microbioma pela higiene adequada dos dentes e pelo controle da dieta, pode-se esperar a recuperação da saúde bucal.

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Prof. Emerson Nakao

Mestre e Especialista em Prótese Dentária e professor da FFO-Fundecto, fundação conveniada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP)

Prof. Dr. Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani

Professor associado do Departamento de Odontologia Social e responsável pela área de Odontologia Legal do Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, ambos na FOUSP

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